Defesas do Programa de Pós-Guaduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social

 

  

A INCLUSÃO E ALOCAÇÃO DE SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS BRASILEIRAS

 

Madelon Moura de Vasconcelos

 

Resumo:

O Brasil possui 24% de pessoas com alguma deficiência e menos de 1% destas estão inseridas no mercado formal de trabalho, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para dar uma maior visibilidade a esta questão foi instituído, no dia 29 de setembro, o Dia Nacional de Inclusão Social e Profissional da Pessoa com Deficiência. No meio acadêmico, o debate sobre esse tema requer ampliações. A presente pesquisa investiga sobre quais as propostas e/ou critérios ou normativas existentes para alocação de servidores com deficiência nas universidades públicas federais brasileiras. Os objetivos são contribuir com proposições de elementos normativos para alocação de servidores públicos com deficiência nas universidades federais brasileiras e propor elementos para elaboração de uma normativa de alocação dos servidores com deficiência na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dentre os procedimentos metodológicos estabelecido propõe se a analisar documentações das instituições federais do Brasil ao que se refere à alocação, remoção e inclusão de servidores com deficiência. Os dados coletados foram analisados à luz do teórico Antunes (2005, 2006, 2009, 2020). Os resultados encontrados demonstram que, apesar da política de reserva de vagas em concurso público para pessoas com deficiência, não há registro de políticas para manutenção desses servidores nas Universidades. Para modificarmos esse panorama algumas possibilidades são apresentadas, como a elaboração de normativas para alocação desses servidores, cadastro de atividades de cada setor e atualização nos sistemas próprios de trabalhadores com deficiência para elaboração de políticas de pessoal. 

 

Data: 03 de setembro de 2024 às 19:30

 

Videochamada: https://meet.google.com/toj-nizz-dwk

Ou disque: ‪(US) +1 515-512-9937‬ PIN: ‪115 190 058‬#

 

Banca:

Profa. Dra. Ângela Celeste Barreto de Azevedo – NIDES/EEFD/UFRJ (orientadora)

Profa. Dra. Caroline Correia Maciel – SED/MS

Prof. Dra. Jennifer Aline Zanela – CAJXXIII/UFJF

Profa. Dra. Sandra Rufino - NIDES/UFRJ 

 

 

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GESTÃO SOCIAL NA UMBANDA SOB O OLHAR BANTU

 

Lóren de Souza Almeida

 

Resumo:

O presente trabalho visa discutir o conceito de gestão social sob o prisma de outros paradigmas filosóficos, valorizando culturas e experiências matriciais da história do Brasil que estão subrepresentados. Neste sentido, o recorte dado foi às cosmopercepções bantu em seus valores cardinais e situando a umbanda, uma religião nascida no Brasil, como uma herdeira dessa tradição africana. Para isso, foi realizado um abreviado percurso histórico da trajetória bantu, destacando sentidos centrais mantidos e adaptações realizadas na diáspora brasileira. O conceito de gestão social foi abordado, sendo apontada a ausência de sujeitos e princípios de matrizes culturais não ocidentais em seus principais enunciados. Os valores bantu foram então compreendidos como categorias de análise para a gestão social e aplicados para apreciar centros de umbanda na Zona Norte de Niterói - RJ. O objetivo foi verificar como tais categorias se comportavam, levantar práticas alternativas da gestão social e, eventualmente, contribuir para a discussão sobre ancestralidade ou decolonialidade apontada inicialmente. Metodologicamente foi realizada revisão da literatura e pesquisas qualitativas com diferentes instrumentos.



Data: dia 3 de setembro de 2024, terça-feira, às 13:00

 

Local: Centro de Tecnologia, sala ABC-112

Link: https://meet.google.com/xxq-yfgm-noy

 

Banca:

Felipe Addor

Carlos Alexandre Rodrigues Pereira – Ensp/Fiocruz

Gustavo Carvalhaes Xavier Martins Pontual Machado – UFRJ

Henrique Cunha Junior – Instituto Politécnico de Lorraine - Nancy - França

Rafael Benvindo Figueiredo Galante – USP

 

 

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SISTEMATIZAÇÃO DA METODOLOGIA DE UMA OFICINA DE CINEMA DE GAMBIARRA NA PERSPETIVA DA TECNOLOGIA SOCIAL

 

Jady Louise Melquiades da Silva

 

Resumo:

Esta pesquisa tem como intuito elaborar estudos sobre produções de oficinas de cinema de baixo custo, seguindo os estudos da politecnia (SAVIANI, 1989) e da Tecnologia Social (DAGNINO, 2014). Para as experimentações de ensino do audiovisual, a politecnia oferece uma proposta de pedagogia com uma comunidade que aprende a técnica, produz tecnologias necessárias para melhorar as condições de vida e tem como objetivo também a transformação social. Os indivíduos podem compreender a função desse trabalho contida no contexto social específico deles, tornando a politecnia um conceito ligado à práxis (FREIRE, 1987). Paralelo a isso, a Tecnologia Social distingue este projeto de outros no sentido de não tornar o audiovisual apenas uma indústria lucrativa e de massa. Além disso, também, o projeto da oficina é transversal às reflexões e críticas sobre o papel social dos indivíduos envolvidos dentro do contexto neoliberal contemporâneo, fornecendo mais compreensão sobre o processo de produção de mídias e a alienação pelo trabalho mecanizado. A proposta então é sistematizar ideias de estudos audiovisual com poucos recursos, respeitando os recursos naturais, tornando a tecnologia mais acessível, democratizando o conhecimento, focalizando nas reais necessidades de uma comunidade e dando aos envolvidos a possibilidade de autogestão (reaplicação dos estudos), promovendo a emancipação do grupo. Na possibilidade de um estudo de cinema com poucos recursos, a ideia parte então do princípio de que com menos artefatos concretos ainda é possível se valer de ferramentas de sons e imagens para elaborar narrativas mais criativas. Com pouco material na produção, o incentivo foi de oferecer um primeiro contato com o cinema para exprimir a criatividade, pois é necessário encontrar na linguagem cinematográfica as soluções de produção. Por isso, os conceitos de Tecnologia Social e Politecnia sustentam metodologias da oficina em proposta capazes de pensar o cinema como uma ferramenta de poder narrativo e conscientização social.

Data: dia 10 de setembro de 2024, quarta-feira, às 9:30, online. 

Link: https://meet.google.com/cvp-qbsx-ymf

 

Banca:

Orientador - Paulo Maia (NIDES/ UFRJ)

Professor Alexandre Palma (NIDES/UFRJ)

Professora Michelle Sales

Professora Priscila Matsunaga

 

 

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ALGICULTURA SUSTENTÁVEL E TECNOLOGIA SOCIAL NA BAÍA DA ILHA GRANDE:

SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIA DE UM CURSO NA EXTENSÃO

 

Carlo Rodrigo Pimentel Duarte

 

Resumo:

A Kappaphycus alvarezii é uma espécie de macroalga vermelha cultivada amplamente nas regiões tropicais asiáticas e seu mercado pode chegar a US$ 1,3 trilhão em 2030, de acordo com um relatório da Exactitude Consultancy (2023). Na agricultura, seu extrato líquido é aplicado como biofertilizante e, no Brasil, o mercado de fertilizantes alcançou a marca de quase 46 toneladas de produtos entregues ao mercado em 2023, segunda a ANDA. Além disso, essa alga é a principal fonte de carragena, um polissacarídeo utilizado na indústria alimentícia como espessante, emulsificante, gelificante e estabilizante. A Kappaphycus alvarezii é o ponto de partida da pesquisa e está inserida no contexto da Tecnologia Social aplicada nos cultivos dentro do território de Paraty Mirim (Paraty - RJ), considerando as comunidades envolvidas. Nesta localidade está instalada a Fazenda Escola, uma parceria entre a UFRJ e um algicultor licenciado no território com vistas a estabelecer a manutenção dos projetos que envolvam a alga, seja com a qualificação de novos algicultores, seja com a produção de biomassa para as pesquisas acadêmicas. A presente dissertação avaliou o Projeto de Extensão denominado “Algicultura na Baía da Ilha Grande”, que recebeu aporte financeiro através da emenda parlamentar no 40540020 (FUJB/NIDES/UFRJ), realizado de 2021 a 2023, visando a formação de pessoal através do curso de extensão “Algicultura e Desenvolvimento Territorial Sustentável”, com duração total de 90 horas, sendo 30 teóricas e 60 práticas. As abordagens de análise tiveram início com o curso e toda sua administração e organização, bem como os impactos causados por esta ação. A pesquisa focou em 5 aspectos principais: sob o ponto de vista do curso como o desdobramento da organização, grade curricular e caracterização social do inscritos; na perspectiva da legislação que envolve a Cessão de Uso da Água da União, a licença ambiental e a legislação de biofertilizantes, quais seus impactos, ofensores e prazos; avaliação do território da BIG, sob as óticas histórica, geográfica, cultural, ambiental e temporal; análise do empreendedorismo local e surgimento de novos negócios e oportunidades; detalhamento na aplicação das técnicas disponíveis para o cultivo, soluções consolidadas e tecnologia compartilhada. A Sistematização de Experiências apresentada neste trabalho utiliza diferentes técnicas e abordagens, e trata da metodologia de pesquisa qualitativa de cunho participativo. A opção por esta metodologia ocorreu por entender que a sistematização sempre é um processo permanente e cumulativo na produção de conhecimento a partir da experiência em uma realidade específica. A pesquisa direciona sua análise para o cenário durante e após o curso de extensão, demonstrado significativa melhora dos aspectos estudados, sugerindo a consolidação da cadeia produtiva e fixação de pontos importantes sobre o tema. Esta pesquisa evidenciou um cenário aquecido para a Kappaphycus alvarezii no território da Baía da Ilha Grande, especialmente após o início das atividades do curso. Novos negócios foram desenvolvidos e identificadas oportunidades em diversas áreas para o segmento. Houve uma movimentação significativa sobre a algicultura na BIG e também no Brasil nos últimos 3 anos. Como consideração propositiva, fica sugerida a necessidade de mais ações coordenadas entre produtores, poder público e universidade, com objetivo de estreitar as relações e facilitar o desenvolvimento de novos negócios na região. É importante desenvolver uma cadeia para o beneficiamento da alga e extração do biofertilizante, conectando produtores e indústrias através de um sistema de cooperativas ou similares. Estudos mais aprofundados, com detalhadas linhas de análise podem sugerir ações governamentais ou de investidores mais assertivas, visando potencializar o ecossistema da algicultura.

 

 

Data/Horário: 04/09/2024 às 14:00

 

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Escola de Química, Sala Acácia, Bloco I – 222

Link da videochamada: https://meet.google.com/dcc-arfm-wtr

 

Banca:

Ana Lucia do Amaral Vendramini (orientadora) - NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Renan Finamore Gomes da Silva - NIDES/UFRJ (por videoconferência)

Prof. Dr. Tarliz Liao - UFRJ

Prof. Dr. Nielson Rosa Bezerra - UERJ

 

 

 

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REFLEXÕES SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ENTRE CATADORES(AS) DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: PERCEPÇÃO DO RISCO DA ATIVIDADE LABORAL

 

Massami Aragão Saito

 

Resumo:

Esta pesquisa tem por objetivo identificar questões de SST, insalubridade e afins na atividade da catação e gerar um Relatório Técnico, que possa fornecer dados para políticas públicas ou subsidiar um Programa de Acompanhamento de Saúde do Catador de Materiais Recicláveis. A pesquisa começa descrevendo o contexto da problemática do lixo e dos Resíduos Sólidos Urbanos - RSU no Brasil e os conceitos que este tema envolve. Discute os RSUs como efeito colateral do nosso modo de produção e hábitos de consumo. A pesquisa também traz um pouco do debate sobre a Baía de Guanabara e a questão da poluição, por esse fenômeno estar ligado, dentre outros fatos, ao vazamento de chorume nas franjas da Baía e seus impactos.  Em particular, esta pesquisa aborda a situação da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Jardim Gramacho - ACAMJG, lembrando a história e a luta após o fechamento do “Lixão”, em 03/06/2012, ressaltando o total abandono dos catadores pelo Estado. As questões de SST que envolvem a atividade da catação são debatidas à luz das respostas do questionário. A percepção ou não dos seus riscos laborais e da insalubridade é o eixo central da pesquisa.  Para subsidiar o presente trabalho foram coletados dados em 2023 no encontro do Movimento Eu Sou Catador - MESC e em 2024 na ACAMJG. O questionário aplicado foi o mesmo e as respostas das duas aplicações foram comparadas para corroborar com as conclusões desta dissertação. Também foram observadas as questões socioambientais de acesso a saneamento básico (água potável, esgoto e recolhimento regular de lixo) na medida em que dialogam com a questão dos RSU e cidadania. O fato da maioria dos catadores ser negra ou parda, ter baixa escolaridade e também ter pouco acesso a atendimento médico, pode apontar algumas questões de racismo estrutural que impede a mobilidade social dessas pessoas, possivelmente descendentes de escravizados que permanecem na base da sociedade. A pesquisa aponta para a necessidade da construção de uma política pública de acompanhamento de saúde e de aposentadoria especial para os catadores de materiais recicláveis, face à atividade diária ser insalubre e extenuante. O produto da pesquisa é o Relatório Técnico e na conclusão são deixadas recomendações baseadas na escuta ativa junto aos catadores de materiais recicláveis.


 

Data e horário: Dia 04/09/2024, às 10h

 

Local: UFRJ - Centro de Tecnologia - Bloco F, Sala F210

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Flavio Chedid Henriques (UFRJ) – orientador

Prof. Dra Luciana Correa do Lago (UFRJ) – membro titular interno

Prof. Dr. Ricardo Ferreira de Mello (UFRJ) – membro titular interno

Prof. Dra Christiane do Nascimento Monte (UFF) – membro titular externo

 

 

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