Implementação de práticas de educação popular em um curso de programação EaD
Isadora Melo Fraga
Resumo:
Desde a pandemia de 2020 se popularizaram cursos de ensino de programação a jovens e adultos no formato remoto, como é o caso do de introdução a Python do LIpE da UFRJ, que surgiu inicialmente no modelo presencial. No entanto, o formato EaD pode facilmente reproduzir conceitos da educação bancária, levando a uma baixa interação e altos índices de evasão. Esta dissertação propõe a análise da implementação de práticas de educação popular e metodologias ativas no curso, ancorando-se nas contribuições de Paulo Freire e bell Hook, que buscam valorizar os conhecimentos prévios dos alunos e promover a participação ativa, reflexão crítica e transformação social. A pesquisa foi conduzida por meio da metodologia de pesquisa-ação, com a participação ativa de alunos, monitores e coordenadores, e resultou na formulação, aplicação e avaliação colaborativa de estratégias pedagógicas. As mudanças implementadas em 2024 e 2025, incluindo reestruturação do cronograma, uso de ferramentas interativas e a introdução de novos conteúdos como “Tecnologia e Sociedade”, mostraram potencial formativo tanto para os alunos quanto para os monitores do curso. Embora não tenham reduzido significativamente a evasão nem ampliado o alcance para além da região do Rio de Janeiro, as intervenções revelaram-se valiosas para os participantes que concluíram a formação. Os achados desta dissertação foram sistematizados ao longo do texto e serão apresentados ao LIpE, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento contínuo do curso e fortalecer sua proposta de uma educação a distância mais crítica, inclusiva e transformadora.
Data e horário: Dia 13 de agosto de 2025, às 14:00h
Local: https://meet.google.com/hpy-gthf-vjs
Banca:
Celso Alexandre Souza de Alvear - orientador
Sandra Rufino Santos (PPGTDS/UFRJ e UFRN)
Ricardo Jullian (PPGTDS/UFRJ)
Luiz Arthur Faria (PESC/COPPE/UFRJ)