Defesas do Programa de Pós-Guaduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social

 

  

 

A Lavanderia Comunitária do Borel e o debate sobre racismo ambiental e lutas comunitárias em contextos urbanos

 

Ester Oliveira Bayerl

 

 

Resumo:

As favelas no Rio de Janeiro possuem uma história importante que resulta, principalmente, do esforço e protagonismo de seus moradores. A vida nas favelas é cercada de muita inteligência, sabedoria, estratégia e de movimentos que garantem soluções para as moradias populares e para o acesso a direitos e serviços voltados ao bem viver dos sujeitos. O que é proposto pelos moradores chega à favela de forma mais rápida e eficiente e já nasce de uma organização coletiva, mobilizando diferentes atores sociais e os engajando em lutas que oportunizam o acesso para todos. Dessa forma, a Lavanderia Comunitária, é apresentada como uma construção social, idealizada por uma liderança comunitária do Morro do Borel e voltada ao atendimento de cerca de cem mulheres chefes de família, o que representa uma demanda de quase ⅓ de moradores da subcomunidade Indiana, pelo acesso à água limpa e tratada, um direito universal garantido pela constituição, mas esquecido durante o processo de ocupação das favelas no início do século XX. O mergulho na história da Lavanderia Comunitária do Borel traz luz a importantes reflexões relacionadas às favelas enquanto continuidade dos quilombos urbanos e enquanto espaços que revelam a ausência do poder público e a constituição de um racismo ambiental que por décadas estruturou narrativas que justificavam e fortaleciam argumentos segregadores, que classificavam os moradores como “ilegais” em seus territórios de vida. Através da história da moradora Ana Márcia, liderança comunitária, nascida e criada no Morro do Borel, este trabalho apresenta um potente estudo, baseado em metodologias como história de vida, etnografia e pesquisa a dados secundários, que apresentam uma narrativa popular sobre como que os moradores de favelas protagonizam o bem viver em seus espaços de moradia, com percepções que ajustam a linha do tempo dessas lutas para a compreensão sobre a ausência de políticas públicas e para o entendimento de que os moradores de favelas não são sujeitos passivos de direitos, mas sim, demandantes.

 

Data e horário: Dia 10 de abril de 2025, às 16:00h

 

Local: https://meet.google.com/okv-wfyn-mdm

 

Banca:

Fernanda Santos Araujo (NIDES/UFRJ) - orientadora

Sandra Rufino Santos (NIDES/UFRJ)

Carlos Alexandre Rodrigues Pereira (NIDES/UFRJ)

Marianna Fernandes Moreira (PPGEO/UERJ)

 

 

 

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