Defesas do Programa de Pós-Guaduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social

 

  

REFLEXÕES SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ENTRE CATADORES(AS) DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: PERCEPÇÃO DO RISCO DA ATIVIDADE LABORAL

 

Massami Aragão Saito

 

Resumo:

Esta pesquisa tem por objetivo identificar questões de SST, insalubridade e afins na atividade da catação e gerar um Relatório Técnico, que possa fornecer dados para políticas públicas ou subsidiar um Programa de Acompanhamento de Saúde do Catador de Materiais Recicláveis. A pesquisa começa descrevendo o contexto da problemática do lixo e dos Resíduos Sólidos Urbanos - RSU no Brasil e os conceitos que este tema envolve. Discute os RSUs como efeito colateral do nosso modo de produção e hábitos de consumo. A pesquisa também traz um pouco do debate sobre a Baía de Guanabara e a questão da poluição, por esse fenômeno estar ligado, dentre outros fatos, ao vazamento de chorume nas franjas da Baía e seus impactos.  Em particular, esta pesquisa aborda a situação da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Jardim Gramacho - ACAMJG, lembrando a história e a luta após o fechamento do “Lixão”, em 03/06/2012, ressaltando o total abandono dos catadores pelo Estado. As questões de SST que envolvem a atividade da catação são debatidas à luz das respostas do questionário. A percepção ou não dos seus riscos laborais e da insalubridade é o eixo central da pesquisa.  Para subsidiar o presente trabalho foram coletados dados em 2023 no encontro do Movimento Eu Sou Catador - MESC e em 2024 na ACAMJG. O questionário aplicado foi o mesmo e as respostas das duas aplicações foram comparadas para corroborar com as conclusões desta dissertação. Também foram observadas as questões socioambientais de acesso a saneamento básico (água potável, esgoto e recolhimento regular de lixo) na medida em que dialogam com a questão dos RSU e cidadania. O fato da maioria dos catadores ser negra ou parda, ter baixa escolaridade e também ter pouco acesso a atendimento médico, pode apontar algumas questões de racismo estrutural que impede a mobilidade social dessas pessoas, possivelmente descendentes de escravizados que permanecem na base da sociedade. A pesquisa aponta para a necessidade da construção de uma política pública de acompanhamento de saúde e de aposentadoria especial para os catadores de materiais recicláveis, face à atividade diária ser insalubre e extenuante. O produto da pesquisa é o Relatório Técnico e na conclusão são deixadas recomendações baseadas na escuta ativa junto aos catadores de materiais recicláveis.


 

Data e horário: Dia 04/09/2024, às 10h

 

Local: UFRJ - Centro de Tecnologia - Bloco F, Sala F210

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Flavio Chedid Henriques (UFRJ) – orientador

Prof. Dra Luciana Correa do Lago (UFRJ) – membro titular interno

Prof. Dr. Ricardo Ferreira de Mello (UFRJ) – membro titular interno

Prof. Dra Christiane do Nascimento Monte (UFF) – membro titular externo

 

 

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O Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos termos das Resoluções 01/2006 e 02/2006 do CEPG/ UFRJ e de acordo com o Regulamento do Programa, torna público que estarão abertas, de 16 de setembro a 30 de setembro de 2024, as inscrições para a seleção ao curso de Mestrado Profissional em Tecnologia para o Desenvolvimento Social, turma de 2025, que será conduzida pela Comissão de Seleção conforme as normas descritas neste edital.

 

 

Edital retificado (prorrogação das inscrições)

Modelo de memorial

Roteiro de elaboração de pré-projeto

Modelo de curriculum vitae

Orientações para envio dos arquivos online

Estrutura de arquivos para anexar no formulário online

Ficha de inscrição (link para inscrição online)

Homologação de inscrição

Resultado da prova escrita

Requerimento de reconsideração da seleção

Resultado da Prova Escrita após recursos

Seleção dos Candidatos (2 fase) - Defesa de Memorial e Pré-projeto

Resultado final

Resultado final homologado

Requerimento de interesse de vaga

 

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MATEMÁTICA E AFRICANIDADE: vamos jogar?

 

Elaine da Silva Ramos Virgolino

 

Resumo:

A presente pesquisa qualitativa, por meio de uma análise documental, objetivou apresentar jogos africanos destinados ao ensino de matemática em nível fundamental, de acordo com a proposta de valorização das raízes africanas nos processos educacionais do país, em particular na cidade do Rio de Janeiro, levando em conta que o Ocidente marginalizou as habilidades e os conhecimentos de diversos povos e culturas. Assim, esta investigação buscou, a partir de uma perspectiva decolonial, destacar os saberes impressos nos jogos africanos com uma educação mais coerente, inclusiva e representativa, em conformidade com a Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino das histórias e das culturas afro-brasileira e africana nas escolas. Dessa forma, integra-se essa proposta à cultura africana no currículo escolar, utilizando jogos tradicionais para auxiliar/facilitar a aprendizagem de matemática. O pensamento africano e seus conteúdos vão além da literalidade, explorando o não dito e a sensibilidade, exaltando a subjetividade africana. Logo, podemos observar que reconstruir a memória coletiva dos povos africanos e dos escravizados permite que seus descendentes estabeleçam novas conexões com o passado histórico. Assim, essas práticas pedagógicas assumem um papel político alicerçado nas culturas e nas camadas populares das sociedades, desconstruindo as divisões do colonialismo e estabelecendo um currículo que tenha por base a multiplicidade de outras culturas presentes no mundo, cujo objetivo é a implantação de metodologias político-pedagógica que desprezem os valores dos colonizadores e que enalteçam as culturas dos povos africanos, com base em uma lógica decolonial.
 

Data e horário: Dia 27 de agosto de 2024, às 14:00.


Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Sala H-200H - LIPE

 

Link: https://meet.google.com/dph-wuma-cjh


Banca:
Prof. Dr. Tarliz Liao (orientador) Tarliz Liao - NIDES/UFRJ
Prof. Dr. Alexandre Palma da Silva – NIDES/UFRJ
Prof. Dra. Renata Orlandi – UFSC
Prof. Dra. Taniele Loss - UTFPR

 

 

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PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO:

UM ESTUDO DE CASO NA UFRJ SOB A ÓTICA DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD)

 

Nathalia de Bastos Mendes Turques

 

Resumo:

Esta pesquisa analisa a implantação da LGPD na UFRJ, com o objetivo de identificar os avanços e desafios no processo de adequação à norma. Considerando o contexto da sociedade da informação, o estudo examina a legislação com o foco no Poder Público e, por meio de um estudo de caso na UFRJ, explora o processo de conformidade da instituição à LGPD, identificando resultados, desafios e efeitos da lei na universidade. Adotando uma metodologia qualitativa e exploratória, a pesquisa se baseia em revisão bibliográfica, análise legislativa, incluindo a atuação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), e um estudo de caso, conduzido por meio da observação das atividades do primeiro Grupo de Trabalho LGPD/UFRJ. Os resultados deste estudo apontam que a implantação da LGPD na UFRJ está em um estágio intermediário, com avanços em algumas áreas, porém ainda aquém da plena conformidade. O GT LGPD/UFRJ conseguiu realizar um levantamento inicial sobre a maturidade da universidade em proteção de dados, avançar no mapeamento dos processos de tratamento de dados, produzir documentos regulatórios e materiais de capacitação, incluir cláusulas de privacidade nos contratos, criar um tipo processual no SEI para incidentes de segurança e iniciar a disseminação da cultura de proteção de dados. Entretanto, a implementação enfrentou desafios significativos, como resistência à mudança, falta de priorização da conformidade, transições de gestão complicadas, escassez e alta rotatividade de pessoal, limitações nos poderes do GT, dificuldades na fiscalização efetiva, ausência de institucionalização adequada, desconhecimento sobre as bases de dados existentes e suporte insuficiente da ANPD. As recomendações incluem a necessidade de fortalecer a cultura de proteção de dados por meio da conscientização contínua, investir na capacitação dos colaboradores, criar um inventário completo de dados pessoais e melhorar a integração dos sistemas e bancos de dados. Assim, este estudo oferece uma visão geral dos esforços de conformidade na UFRJ, contribuindo com recomendações práticas para a adaptação à nova legislação e servindo como referencial para futuras pesquisas no âmbito do governo digital e proteção de dados.
 

Data/Horário: 09/09/2024, às 17:00

 

Local: Remoto - https://meet.google.com/dcy-brrd-tqr

 

Banca:

Prof. Dr. Celso Alexandre Souza de Alvear – UFRJ (Orientador)

Prof. Dr. Flávio Chedid Henriques – NIDES/UFRJ

Prof.ª Dr.ª Cristina Ayoub Riche – UFRJ (externo)

Prof. Dr. Luiz Arthur Silva de Faria – UFRJ (externo)

 

 

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Mães à Obra e os muros da universidade: histórias e reflexões sobre educação popular e ensino na engenharia

 

Elena Yoshie José Veríssimo

 

Resumo:

Durante nove meses do ano de 2022, num espaço cedido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no Morro do Preventório, localizado na cidade de Niterói, era possível encontrar um grupo de mulheres às terças-feiras aprendendo a construir casas. O projeto, chamado Mães à Obra, tinha como objetivo formar mães da comunidade para trabalharem na construção civil — fosse em suas próprias reformas ou na de terceiros. Assessoradas pelo projeto de extensão Urbelatam, as professoras Adriana e Rose, também moradoras do Preventório, ministraram o curso, que cultivou encontros comunitários semanais, recheados de práticas da Educação Popular. À espreita, lá me encontrava, como observadora e conselheira, a fim de garantir suporte às professoras que nunca haviam dado aula antes. Aos poucos, o curso me despertou interesse quando percebi que Mães à Obra continha, na sua fórmula, elementos que faltavam à experiência nas salas de aula do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde me graduei engenheira. Assim, o projeto se tornou um dos elementos centrais da minha dissertação. Ele oferece práticas de aprendizagem que, por hipótese do presente trabalho, acolhem as ausências sentidas pelos estudantes de engenharia durante sua passagem pela universidade. Elas são evidenciadas pela pesquisa que realizei durante o ano de 2015, quando ainda era Diretora de Ensino do Centro Acadêmico de Engenharia da UFRJ (CAEng). Dentre as faltas que os estudantes relataram, como a ausência de experiências de engenharia na prática, avaliações condizentes com a matéria dada em sala de aula, a escuta do corpo docente e preocupação com o ensino dos alunos, Mães à Obra se mostrou uma experiência valiosa para os problemas encontrados no ensino superior. Através da metodologia de sistematização de experiências de Oscar Jara Holliday, o objetivo deste trabalho é entender o que um curso comunitário e popular pode ensinar à universidade, em especial, às escolas de engenharia. A partir de diálogos com autores que discutem o tema, como Paulo Freire e bell hooks, reflito sobre os aprendizados em sala de aula e é nas encruzilhadas que aponto as potencialidades da pesquisa. A construção do empodimento de suas estudantes, o cuidado e o senso comunitário, e o convite à vulnerabilidade das professoras são alguns dos elementos que se destacam como importantes para a construção de uma sala de aula pujante.


 

Data e horário:  Dia 21 de agosto de 2024, às 9:00

 

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Sala 200G (sala do LIpE)

Link da videochamada: https://meet.google.com/qes-giiq-nue

 

Banca:

Prof. Dr. Celso Alexandre Souza de Alvear (orientador) – UFRJ
Profa. Dra. Fernanda Santos Araujo – UFRJ
Profa. Dra. Sandra Rufino Santos – UFRN
Profa. Dra. Ana Paula de Abreu Costa de Moura – UFRJ
Prof. Dr. João Porto Albuquerque – UNICAMP

 

 

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