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Favela Fala:

Conheça o projeto de extensão que inspirou a produção de documentários na Maré

 

Por Natacha MAthias e Renata Melo

 

Realizado no Centro Cultural Ypiranga de Pastinha, no Morro do Timbau, Maré, o curso de Comunicação Comunitária “Favela Fala” foi uma iniciativa do Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ (Soltec/UFRJ) em articulação com moradores do local. O curso faz parte do projeto “Análise Crítica dos Meios de Comunicação- Atualização em Comunicação Comunitária”, que integra o Programa Institucional de Bolsas para Cursos de Extensão- PIBCE 2016. 

 

Com uma turma de cerca de 30 estudantes, em sua maioria moradores da Maré e de outras favelas do Rio de Janeiro, foram realizadas oficinas durante os sábados de junho e julho, em horário integral. Foi depois de uma dessas aulas que o aluno Gustavo Henrique Luz, que é morador da Maré, fez um relato espontâneo e empolgado sobre sua experiência no curso em sua página pessoal do facebook: "Orgulhosamente, tenho me encontrado com outros periféricos todos os sábados para aprendermos sobre comunicação comunitária, e essa experiência agregadora tem me mostrado que sou responsável por construir a partir da minha voz, um novo modo informativo para discursar a nossa verdade."

Como Gustavo sinalizou, o curso contou com encontros para discutir comunicação comunitária a partir do foco no protagonismo de seus produtores. Assim, os sábados do “Favela fala” foram marcados por debates sobre representatividade, gênero, racismo, machismo e aulas técnicas introdutórias das ferramentas para se buscar a comunicação, como produção textual e audiovisual, técnicas de entrevista, assessoria de imprensa, fotografia e videoativismo. Além de atividades extras, como aula de história pelo centro da cidade do Rio de Janeiro e exibição exclusiva do documentário “Menino 23”.

 

Divididos em grupos e orientados pela equipe de organização, muitos dos estudantes optaram pela produção audiovisual para o desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso.  Como temas surgiram questões como: impacto das olimpíadas na favela, mães vítimas de violência, cultura, gênero, imigração, entre outros. O grupo que realizou o trabalho sobre as mães que perderam seus filhos pela violência do Estado intitulado “Do luto pra Luta” pensa em dar continuidade ao produto do seu trabalho e tem mantido contato com as militantes após o término do curso: “Encontrei com as mães essa semana e elas disseram que cada vez que veem o vídeo é como se estivessem sendo abraçadas", disse Claudio Lima, aluno do Favela fala e um dos realizadores do curta-metragem. O documentário já foi divulgado em exibições na Maré e em Manguinhos e seus produtores pretendem ampliar a divulgação do filme em outras mostras pelo Rio de janeiro.

 

Outro projeto que nasceu a partir do curso é o "Complexos", coletivo que pretende desenvolver uma série de curtas. A primeira temporada se chama "Trajetos" e conta a história de duas angolanas, moradoras da Vila do Pinheiro, na Maré. O curso também inspirou a realização de um programa de rádio que discute gênero a aprtir do ponto de vista de homossexuais entrevistados pelo aluno Hyan Victor. Na mostra de trabalhos finais, a turma foi surpreendida por uma apresentação performática do podcast realizada pelo estudante, que também é ator. Houve espaço ainda para a produção textual. Tainá da Silva produziu matérias discutindo a representatividade negra e a capoeira como símbolo de resistência cultural.

 

Diante dessas perspecticas e do interesse da turma no aprofundamento na produção de vídeos está sendo realizada uma continuação do curso "Favela Fala", na Maré, dessa vez com foco na técnica audiovisual. As aulas começaram no dia 24 de setembro e seguem até o dia 3 de dezembro quando está prevista uma mostra de novos vídeos produzidos pelos estudantes do curso.

 

Conheça alguns dos trabalhos realizados durante o curso:

 

"Complexos": https://www.facebook.com/oscomplexos/?fref=ts

"Do luto pra Luta": https://www.youtube.com/watch?v=FDXRNutAIvI

"Antes que os jogos comecem...": https://www.youtube.com/watch?v=angNMf4ibsg

"Sobre mulheres negras: nossa representatividade importa": 

https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/escreva-preta-nos-somos-nossa-referencia/

"A capoeira e seu sinônimo de resistência cultural": https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/oi/

https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/oi/

 

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O prazo de inscrição para o mestrado do NIDES foi prorrogado para o dia 14/10. Para mais informações sobre o mestrado, clique aqui.

 

"Hoje entrei no IP UFRJ pela primeira e última vez depois de tudo ter acabado, e senti tamanha angústia que não soube explicar, e com tamanho pesar descobri que hoje 02/08/16 faz 4 anos que Fernando Amorim morreu. E parece que com um ato de póstuma tristeza hoje de manhã o cão que era criado em nossa escola apelidado pelos alunos de 'Negueba' foi encontrado morto.. Talvez tenha sido por saudade, que de tanto esperar pelos alunos resolveu descansar. Triste Coincidência. Ao me despedir da escola fiz questão de andar pelo corredor de madeira só para sentir mais de perto que a arca, a nossa arca que antes era viva, agora jazia e já não respirava mais; e foi assim que pela última vez e com lágrimas nos olhos passei pela saída e vi que enterrado junto á carcaça da Arca haviam muitos sonhos".
(Ana Manoela G.- adm)

 

A lembrança de Aloísio Teixeira em tempos de retrocesso na Educação: Um educador em defesa das causas sociais e democráticas, da soberania nacional e do socialismo.

“Permaneci um combatente das mesmas lutas: a democracia, a soberania nacional e o socialismo” Aloísio Teixeira

Em 23 de julho de 2012, o Brasil perdeu um dos seus maiores quadros na Educação Pública com o falecimento do Prof. Aloísio Teixeira. Havia completado um ano após o fim de dois mandatos (2003/2011) como reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que foi a sua trincheira de realizações e protagonismo dessa universidade durante esse período. No dia do seu falecimento a Presidenta Dilma Rousseff declarou: “Um brasileiro que abraçou a educação como grande instrumento de transformação da sociedade e fez do exercício de educar um compromisso de vida, como mostrou seu trabalho à frente da Universidade Federal do Rio de Janeiro”. A marca de Aloísio Teixeira a frente da UFRJ foi de uma   trajetória vitoriosa com transformações e protagonismos na luta pelo acesso dos jovens brasileiros de 18-24 anos ao ensino superior. Foram implementadas propostas de democratização da entrada aos cursos de graduação e expansão das vagas. Em seu artigo: A universidade brasileira e os desafios do século XXI, escreveu:  “os alunos da rede pública de ensino médio, quando conseguem completar este ciclo, não dispõem de condições para superar os obstáculos do vestibular nas universidades públicas. Eles desistem de ingressar no terceiro grau ou optam por universidades particulares, de reduzida qualidade. Por outro lado, os estudantes de maior renda, frequentadores de bons colégios da rede privada, têm maior acesso ao ensino de qualidade das universidades públicas. ” 

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