A engenharia popular (EP) é uma prática da engenharia (ou de produção sociotécnica em geral) que emerge no Brasil na primeira década dos anos 2000, conjugando três elementos centrais: a economia solidária (e seu ideário solidário e autogestionário); a tecnologia social (e seu horizonte de projeto sociotécnico emancipador e fundado sobre o cuidado e o diálogo de saberes); e a extensão universitária (por meio da qual a maior parte das iniciativas de EP tem sido desenvolvida desde então).
Contudo, a EP pode ser dita e praticada de diferentes modos. E é por isso que, convidamos três representantes de núcleos consolidados da EP para o debate: Cinthia Varella, doutoranda em Engenharia de Produção e parte do Núcleo Alter-nativas de Produção da UFMG; Sandra Rufino, professora da UFRN e fundadora do Pegadas (UFRN); e Amanda Azevedo, engenheira civil, mestranda do PPGTDS (NIDES/UFRJ) e parte do Núcleo de Solidariedade Técnica (SOLTEC/UFRJ). O debate será mediado por Cristiano Cordeiro Cruz, pesquisador de pós-doutorado no LabCTS (ITA).
O debate será dividido em duas partes. Nesta primeira, os grupos falarão de suas origens, seus processos de institucionalização e o horizonte ou ideal de intervenção que têm. Na segunda, ainda com data a confirmar, partilharão suas metodologias de intervenção, ilustrando-as com exemplos de aplicação concreta delas.
O primeiro encontro será no dia 06 de julho (segunda-feira), às 15:00 horas, com transmissão ao vivo pelo Canal do Solltec no YouTube (http://www.youtube.com/soltecufrj)