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O Laboratório de Informática para Educação (LIpE), que está situado no Centro de Tecnologia da UFRJ, iniciou suas atividades em 1994 tendo como objetivo apoiar o ensino, pesquisa e Extensão em Informática para a Educação. Neste período, estava em andamento o Projeto Minerva que visava realizar a qualificação em serviço de professores de escolas públicas em informática aplicada à educação, contando com a participação dos graduandos da UFRJ.

 

   O projeto Minerva surgiu da experiência herdada de um projeto já extinto em 1992, denominado Projeto Maré. Este atuava com jovens da comunidade do Complexo da Maré, na área de qualificação profissional. O Projeto Minerva começa sua atuação na Vila do Pinheiro na Maré, no CIEP Gustavo Capanema, equipando, inicialmente, o CIEP com computadores descartados e doados por unidades da UFRJ. Os computadores foram descartados e doados por não atenderem mais aos requisitos de velocidade de processamento dos programas de pesquisa, situação que permanece até hoje. A demanda local proporcionou ao Projeto Minerva iniciar uma experiência piloto. Em 1994, com alunos da 4ª série do Ensino Fundamental (atual 5º do Ensino Fundamental) e com a participação dos graduandos da UFRJ, inicia um processo de pesquisa, metodologia e reflexão teórico-prática, tendo como foco principal a qualificação de professores.

 

   As atividades do Projeto Minerva podem ser delineadas pelas seguintes ações realizadas: formação de professores de escolas públicas (Escola Ministro Gustavo Capanema na Maré, e Escola Levy Neves em Inhaúma) para o uso da informática como ferramenta de auxílio ao ensino; introdução à informática para os alunos do Jardim de Infância à 4ª série dessas mesmas escolas; reforço do conteúdo escolar pelo uso da informática para alunos do Programa de Educação Juvenil (PEJ), realizado à noite e o desenvolvimento de novos softwares educativos para o projeto, adequados aos objetivos didáticos e às características técnicas dos equipamentos e redes.

 

   Apresentamos abaixo uma tabela com o público que participou do Projeto Minerva, desde seu início até o ano de 2003. 
 
  PROJETO MINERVA 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL
Público Alvo Alunos de escolas públicas 70 110 550 800 800 500 250 250 300 400 4.030
Professores de escolas públicas 6 6 6 10 16 10 10 12 10 10 96
Jovens e adultos (PEJ) - 20 20 40 40 20 20 20 - - 180
Trabalhadores da UFRJ - - - - - - - 20 - 40 60
Crianças e jovens da Vila Residencial - - - - - - - - 40 50 90
Equipe Monitores com bolsas - 6 7 8 - - - 4 4 3 32
Monitores sem bolsas 5 12 35 40 20 10 6 6 2 2 138
Estagiários FAETEC - - - - - - - 4 5 3 12
Funcionários 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2
Professores 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

 

Tabela 1 – Público participante do Projeto Minerva

Fonte: (SOUSA; GADELHA; GRAÇA, 2005, p. 225)

   A partir de 2002, Sousa (2005, p. 222-223) nos fala que:

 

   [….] o Projeto Minerva passou a atender, além dos alunos das escolas públicas, também a trabalhadores da UFRJ, em um processo de alfabetização digital. Como esta atividade fugia ao objetivo específico do Projeto Minerva, foi criado o LIpE – Laboratório de Informática para Educação, que passou a englobar o Projeto Minerva e outras atividades ligadas à informática para a educação e à inclusão digital.

 

   Visando que os professores participantes do projeto se apropriem do uso da informática como ferramenta de educação, o LIpE realiza alguns trabalhos que objetivam a formação desses neste sentido. Mais uma vez, Sousa (2009) ilustra essa realidade ressaltando que o professor em formação continuada é parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem:

 

   [….] A formação dos professores começa com uma introdução a algumas ferramentas da informática, como editores de texto, planilhas, correio eletrônico e busca e navegação na internet. A seguir é discutido um planejamento com os professores, de forma participativa, para suas aulas em laboratório, onde ele aplicará os conhecimentos de informática em suas turmas nas respectivas disciplinas. Após a atividade é realizada uma revisão crítica como prática do processo de aprendizado. O professor aprende fazendo. [….] As atividades de Extensão do LIpE proporcionaram a possibilidade de desenvolver uma metodologia nova, formar professores, alunos da UFRJ e participar positivamente na inclusão digital através da melhoria em escolas públicas.

 

   Além da formação continuada de professores, há, no LIpE, a pesquisa relacionada a softwares e hardwares que possam ser utilizados em benefício do processo de educação. Muitos alunos da graduação que se integram ao laboratório desenvolvem programas de computadores que possuem fins educativos. Um exemplo que ilustra esse fato é um software que foi desenvolvido em 2011 pelo laboratório a fim de auxiliar a alfabetização de jovens e adultos. Este programa apresenta, na tela de um celular, uma figura de algum objeto genérico (fruta, ferramenta, animal, etc) e as letras dessa palavra que o representam, ordenadas de forma aleatória. O programa pede ao usuário que dê o nome daquele objeto. Ao ordenar as letras corretamente e formar a palavra, o programa dá uma mensagem indicando sucesso. Este aplicativo para celulares se mostrou bastante eficaz pois permite que o educando pratique o conteúdo proposto sem a exigência de estar fisicamente utilizando um computador pessoal, o que torna o processo de aprendizagem muito mais flexível e eficiente.

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